Ainda de acordo com as investigações, as ações do grupo “seguiam uma extensa divisão de tarefas para viabilizar a movimentação das cargas desde o fornecimento até a recepção na Europa”. Parte dos envolvidos dedicava-se à logística de embarque da droga, cooptando, inclusive, tripulantes dos navios para a inserção dos carregamentos nos contêineres. Funcionários de terminais do porto também foram identificados na organização, assim como um agente de segurança portuário.
As investigações que culminaram na operação Brabo tiveram início em agosto de 2016, após cooperação policial internacional entre a PF e o DEA (agência americana de combate ao tráfico de drogas), que analisaram cinco apreensões de cocaína realizadas entre agosto de 2015 e julho de 2016, sendo três em Santos e outras duas em um porto da Rússia, proveniente de Santos.
Devido a características similares, a PF e o DEA suspeitaram, à época, que o mesmo grupo era o responsável por todas as remessas. Segundo a PF, o quilo da cocaína que chegava à Europa por esse grupo custava de R$ 25 mil a R$ 30 mil. A polícia estimava que até 50% do valor ficava no Brasil.